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Protagonistas na retomada econômica

Mercado imobiliário segue aquecido em 2021 e a utilização das centrais eletrônicas atende às demandas com eficiência e segurança Capa Notícia

Nesse primeiro ano de pandemia, um dos motores da economia nacional foi o mercado imobiliário. Diante de uma forte desaceleração em quase todos os setores, os indicadores de compra e venda de imóveis surpreenderam, com resultados positivos em muitas cidades brasileiras.

Uma série de fatores explicam essa retomada. De acordo com o CEO da EXP Brasil, Ernani Assis, o mercado imobiliário vem de um triênio de baixa, marcado por crises políticas, econômicas e alta taxa de juros para o crédito imobiliário, o que amedrontou compradores e afugentou investidores para realização de grandes negócios. “Em 2019, vimos uma leve recuperação, começando a se desenhar uma consolidação do mercado em 2020, mas aí veio a pandemia.”

Com as incertezas causadas pela crise sanitária, a construção civil e os bancos colocaram o pé no freio. A expectativa de recessão no mercado imobiliário, contudo, não se consolidou. Segundo Ernani, de 18 de março de 2020 – início dos decretos de fechamento das atividades comerciais de grandes capitais – até 6 de junho, o índice de tráfego dos portais imobiliários era 18% maior em relação aos meses anteriores. Era o sinal que os investidores estavam migrando seus recursos para investimentos mais seguros, diante do caos do mercado de ações, e que pessoas e empresas entenderam que o home office estava se consolidando, fazendo com que a busca por imóveis fosse intensificada.

Os números seguiram mostrando consistência, principalmente no acesso ao crédito imobiliário, batendo recordes atrás de recordes. Em 2021, a lógica se manteve. De acordo com a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram concedidos R$ 12,45 bilhões em crédito no mês de fevereiro, recorde nominal mensal desde 1994.

Digitalização do processo registral

Mesmo com os cartórios de Registro de Imóveis sendo considerados serviços essenciais pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a digitalização dos processos para se registrar uma propriedade foi fundamental para apoiar o bom momento do mercado e respeitar o isolamento social imposto pelas autoridades sanitárias.

Felizmente, a exigência por soluções tecnológicas e seguras não pegou os cartórios desprevenidos. “Foi uma situação de juros de crédito imobiliário atrativo, que as pessoas perceberam que valia a pena sair do aluguel”, diz Bruno do Valle, diretor da Aries e oficial substituto do 1º Ofício da 2ª Zona da Serra. “Esse cenário foi atrelado, ainda, à eficiência das centrais eletrônicas. Só no meu cartório, registramos um aumento de 1.426% nos serviços digitais de um ano para o outro. Só este ano, 66% das solicitações de certidões foram realizadas de forma digital”

De fato, a realização dos serviços de forma remota alavancou de vez o mercado imobiliário, tornando o terreno fértil para investimentos, transações de compra e venda e parceria com instituições financeiras. O mais importante, porém, foi a sociedade perceber que as unidades registrais haviam se modernizado e estavam aptas a atender a nova demanda. “Deu mais transparência e agilidade. A proatividade dos cartórios é responsável pelo crescimento do mercado imobiliário. Não fosse isso, não teríamos essa abundância no crédito de hoje, que detém 80% das transações imobiliárias do país. Os cartórios foram essenciais para a recuperação econômica do país”, crava Ernani.

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